O psolista "lamentou muito" que o Governo de Pernambuco tenha seguido uma linha de perseguição Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (16), o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) saiu em defesa do parlamentar Joel da Harpa (Podemos), que foi excluído da Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE).

O psolista “lamentou muito” que o Governo de Pernambuco tenha seguido uma linha de perseguição, de confronto, e não de diálogo com os atores da segurança pública e, principalmente, da categoria da PM. “Esse episódio que vossa excelência se envolveu qualquer um de nós pode se envolver e qualquer policial também e isso não é, de forma nenhuma, motivo para exclusão. A punição que foi aplicada a vossa excelência foi indicada pela Corregedoria e o Governo do Estado, através do secretário [da SDS], tinha de acatar ou não qualquer indicação que viesse dali”.

“A mesma penalidade que foi aplicada pode acontecer a um policial que está com uma prestação atrasada no comércio. É muito subjetivo porque isso tem a ver com um código disciplinar anacrônico, que está desatualizado. Faço um apelo, para aqueles que falam pelo governo nesta Casa, que façam chegar até o governo de que essa atitude não ajuda, é uma atitude que atrapalha”, declarou.

Edilson chegou a pedir que o Estado deixasse de lado a “arrogância”. “Tenho até baixado o tom de voz para falar sobre essa situação [segurança pública]. A indignação que tenho tido com essa situação toda. Estou fazendo este apelo para ver se o governo recue um pouco da sua arrogância”.

O parlamentar ainda falou que a decisão foi politica. “Eu acho que é muito ruim e considero muito grave o governo tomar essa decisão política porque foi uma decisão política excluir vossa excelência da corporação da Polícia Militar”, disse também destacando que foi uma postura errada que pode aumentar o conflito e o confronto entre o governo e a categoria.

“O governo tem tomado um conjunto de medidas, algumas que passam por está Casa, mas são medidas que pelos números que estamos vendo, não estão tendo resultados positivos. E aí somos surpreendidos com um dos principais interlocutores da categoria sendo excluído. Eu não sei onde o governo quer parar com isso, mas parece que essa atitude é de extrema irresponsabilidade”, criticou.

Fonte: Leia Já