Folha de S. Paulo – Por Painel

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Após alardear os acenos feitos pelo DEM e pelo PMDB, João Doria vai trabalhar para ganhar musculatura dentro do próprio partido. O gesto é mais um movimento do prefeito de São Paulo na disputa surda que trava com o governador Geraldo Alckmin pelo posto de presidenciável em 2018. Doria quer emplacar aliados em posições estratégicas na direção do PSDB. Tentará alocar o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, na executiva nacional, e o de Santo André, Paulo Serra, na estadual.

Prefeito tucano com mais exposição, Doria dirá que seu pleito reproduz o anseio de outros chefes de municípios filiados à sigla, dentro e fora de São Paulo, que não se sentem representados na direção do PSDB.

Doria sabe que Alckmin e a cúpula do PSDB trabalham para oficializar a proposta de lançamento do candidato do partido à Presidência em dezembro. Ele discorda do calendário e, com aliados na direção da sigla, teria chances de alterar o cronograma.

Alckmista, o deputado Vanderlei Macris (SP) dá o tom sobre a impressão do grupo do governador a respeito da mobilização de Doria. “Conheço o João Doria e acredito que ele não cometeria uma traição dessas.”