A decisão do Prefeito de Cabrobó Marcílio de Cavalcante (PMDB) de demitir todos os servidores contratados sem Concurso e promover uma Seleção Pública para a ocupação dos cargos, foi ao que parece, o motivo do primeiro racha na base aliada do governo.

Durante entrevista concedida nesta terça-feira (4) ao Programa Nossa Voz da Grande Rio Fm Cabrobó, o Ex-Secretario de Assistência Social, Marcos Rosbany dos Santos Carvalho – O Marcos de Neuma (PMDB), falou sobre sua decisão de deixar a pasta e retornar a Câmara de Vereadores.

Segundo Marcos, uma série de ingerências por parte de Marcílio Cavalcante em sua gestão na Assistência Social, culminando com demissão de servidores, foi o limite da relação dele com o prefeito.

Marcos de Neuma pediu exoneração do cargo na última sexta-feira (30) e na segunda-feira (3) retornou ao exercício de seu mandato na Câmara de Vereadores. Além de não concordar com as demissões o Vereador também acusou de fraudulenta a Seleção Pública que a gestão municipal pretende fazer para contratar novos profissionais. “Essa seleção é fraudulenta, apenas um jogo para confortara lideres políticos. Ou seja, cada teria suas indicações. O prefeito se reuniu com todos os secretários e jurídico Paulo Santana e todos fariam suas indicações. Eu tinham minha indicação como todos tinham… Não é só que eu tenha saído … como muitos disseram que eu tenha saído por causa de meu irmão Antônio Queiroz (Ex-Secretario Executivo de Assistência Social). Não tem nada a ver com isso. Era indicação da Secretaria como todos tinham. Eu coloquei que precisava corrigir todos os erros para não deixar isso acontecer dentro da minha pasta. Dai souberam que eu não concordaria com isso e que eu não sou de ficar calado, resolveram tirar minha pessoa de lá e foi publicado no Diário Oficial a minha exoneração” denunciou.

Sobre sua relação com Marcílio Cavalcante, o vereador sinalizou que seguiria para a oposição. “Não houve nenhuma habilidade politica por parte do prefeito, mostrei minha insatisfação, passou sexta-feira, sábado, domingo, segunda-feira, ontem, hoje ate agora meio dia e ele não me procurou. A partir de agora não tem mais conversa com o Marcílio. Isso mostra que o governo está mesmo um desastre. Essa seleção por exemplo, para se fazer não precisava demitir ninguém , bastava fazer a seleção e que fosse aprovado continuaria com seu emprego. Nesse caso eu fico do lado de todos os 800 demitidos, se ficar do lado deles é ser oposição então eu sou oposição” disparou. ( Grande Rio FM).