O senador Armando Monteiro (PTB) e pré-candidato ao governo de Pernambuco, chegou na manhã dessa quarta-feira (19) em Petrolina no Sertão do São Francisco para cumprir uma super agenda nas cidades a exemplo de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó e Serra Talhada no Sertão Central.
Em conversa exclusiva com este blogueiro na noite de ontem (19), Armando destacou que ao longo dos seus mandatos parlamentar sempre vem visitando as regiões de Pernambuco e pontuou que o Sertão é um polo de desenvolvimento do estado. “O Sertão do São Francisco é muito importante na geografia política de Pernambuco. É uma região que eu sempre valorizei, por entender que é um polo de desenvolvimento de Pernambuco. Nós temos aqui correligionários, amigos, uma grande identificação com lideranças políticas, lideranças comunitárias, lideranças empresariais, lideranças ligadas aos movimentos sociais, então, todas as vezes que posso eu visito a região”, disse Monteiro.
Para o senador, o político precisa está em contato com as pessoas para ouvir as demandas e o mesmo vem prezando está relação. “O Político tem que visitar as diversas regiões de Pernambuco, sobre tudo, alguém que quer lá no senado representar verdadeiramente os pernambucanos e ninguém pode atuar lá no parlamento sem conhecer os problemas e este conhecimento só vem quando a gente dialoga, quando a gente se aproxima, quando a agente tem este contato mais próximo com a população, então eu procurei fazer sempre isso ao longo da minha vida pública, desde o primeiro mandato em 1999 quando me elegi deputado federal pela primeira vez”, comentou o senador.
Sobre as movimentações políticas ao governo de Pernambuco, questionei o senador como ele avalia a decisão do PT em manter candidatura própria ao governo de Pernambuco sem alinhamento com PTB. Armando disse que não tem nada definido de candidatura própria do PT e fala que é prematuro falar em não alinhamento, mas acredita que o ex-presidente Lula vai manter alianças, entretanto, deixa claro que o PT está livre para tomar qualquer decisão “Acho que é prematura, acho que o PT se movimenta de modo a valorizar seus próprios quadros. Eu sempre digo que o PT dispõe de quadros majoritários, quadros que podem perfeitamente se apresentar em uma disputa majoritária. Eu lembro sempre a figura do ex-prefeito do Recife João Paulo de grande densidade e as lideranças novas que estão surgindo e se fortalecendo como, por exemplo, a vereadora Marília Arraes. Eu respeito estas postulações, acho que cada partido tem que se movimentar no sentido de se fortalecer, agora está decisão não foi tomada ainda. O PT é um partido que nós sabemos que tem uma decisão sempre muito submetida ao coletivo e além dela ser submetida ao coletivo do partido a uma figura no partido que sempre teve um grande peso nas decisões, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conhecendo como eu conheço o presidente Luiz Inácio e o quanto ele sempre valorizou a política de alianças, eu acredito que o presidente Lula vai apontar para o PT de Pernambuco, essa política de alianças, a manutenção da política de alianças, no entanto, cada momento é um momento, cada tempo histórico é um tempo histórico, se o PT entender desta vez que não deve fazer uma política de alianças e tiver que marchar para uma chapa puro sangue, vamos chamar assim, nós vamos entender também e de resto nós temos também felizmente a capacidade de dialogar com outros seguimentos, outros setores da vida política de Pernambuco. Resumo, não a decisão tomada sobre a posição do PT, mas quem vai definir é o PT. Se nós pudermos nos manter no mesmo campo, no campo historicamente que a gente vem ocupando ótimo, se não for possível, pode ser que a agente se encontre em algum momento e quem sabe no eventual segundo turno”, pontuou Armando.
Em outro trecho da entrevista, o senador foi questionando sobre uma possível aproximação política com o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), caso se confirme rompimento com o grupo de Paulo Câmara (PSB). Armando explicitou que caso Fernando esteja no campo da oposição, tem diálogo. “Hoje o senador Fernando Bezerra Coelho pertence ao partido da situação de Pernambuco, o PSB. Nós sabemos que o PSB hoje está dividido e a o que tudo indica ao julgar pelas próprias movimentações do senador, é possível que haja alguma mudança até de partido. Se isso ocorrer, se o senador deixar o campo situacionista, nós poderemos nos entender eventualmente, por que, nós somos da oposição de Pernambuco. O PTB tem a claramente uma posição neste campo e se outras forças quiserem amanhã se somar num projeto para o Estado, numa nova agenda para o Estado, considerando que a sociedade de Pernambuco de vários seguimento da sociedade de Pernambuco hoje reclamam, uma nova agenda, um novo rumo para Pernambuco. Este projeto do PSB está esgotado na minha avaliação, são doze anos no domínio de um mesmo grupo. No passado eu reconheço que este projeto deu a Pernambuco, proporcionou conquistas para Pernambuco importante, mas todos sabem que no presente este projeto já não dá resposta adequada as demandas da população O governo Paulo Câmara é muito mal avaliado. O que falta é liderança, falta rumo, falta uma marca ao governo”, comentou o senador.