(Foto: Foto Reprodução)

Folha PE

Dois professores pernambucanos foram presos em uma megaoperação para combater a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (25). Ação ocorre em Pernambuco e outros 13 estados do Brasil.

Dois mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco, o que resultou no descobrimento de material pornográfico infantil nos computadores de dois professores. As prisões ocorreram no Alto do Mandú, no Recife, e o outro no município de Ouricuri, no Sertão do Estado. A dupla foi presa em flagrante.

A ação desta terça é um desdobramento da primeira fase da operação Glasnost, deflagrada em novembro de 2013. A ação envolve cerca de 350 agentes federais, que cumprem 72 mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e outros dois de condução coercitiva em 51 cidades de Pernambuco e dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

Entenda os casos

No Recife, o professor, de 39 anos, que foi preso nesta terça-feira (25) admitiu ter sido usuário de um site russo de pornografia onde conseguia acessar tanto pornografia infantil, quanto outros tipos de pornografia. Segundo a Polícia Federal (PF), com ele foram apreendidos um notebook, dois disco de armazenamento de dados e um aparelho celular que passarão por perícia telemática com o objetivo de identificar todos os arquivos armazenados.

Ainda de acordo com a PF, o suspeito será autuado em flagrante e deverá pagar uma fiança no valor de cinco salários mínimos, além de fazer exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML), para em seguida responder em liberdade. Segundo a PF, o suspeito não mantinha relação sexual e não molestava crianças, o crime aconteceu porque ele armazenava conteúdo pornográfico infantil em seus aparelhos eletrônicos.

Já no município de Ouricuri, outro professor, de 35 anos, foi preso por ter material pornográfico infantil encontrado em um disco rígido. Segundo a PF, além deste disco, foram apreendidos mais três discos de armazenamento de dados e um aparelho celular que passarão por perícia telemática posteriormente, também com o objetivo de identificar os arquivos armazenados.

Ainda de acordo com a PF, foi encontrado na casa do suspeito uma identidade de uma criança falsificada. O flagrante do suspeito ainda está em andamento e o valor da fiança não foi decidido. Caso o professor pague a quantia que será estipulada, ele deverá fazer o exame de corpo de delito no IML, e ser liberado para responder em liberdade. Se não pagar, ele será encaminhado ao presídio de Salgueiro, em Pernambuco. Neste caso, não foi comprovado se o suspeito mantinha relação sexual ou molestava crianças.

Os dois suspeitos se enquadram no crime contido no Estatuto da Criança e do Adolescente (Artigo 241-B da Lei 8.069/90) por possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com pena de reclusão, de um até quatro anos. Se os vídeos tiverem sido compartilhados a pena deverá passar para de três até seis anos de prisão.