O Estado de Pernambuco enfrenta seus primeiros cinco meses de 2017 com números alarmantes da violência de todo Pacto Pela Vida que contabiliza o registro de 2.495 assassinatos em todo o Estado, 52.241 crimes violentos contra o patrimônio, 13.346 casos de violência doméstica contra a mulher e 826 casos de estupros. A tímida redução dos casos registrados em relação a abril é importante, mas Pernambuco ainda apresenta um crescimento de 44,4% de homicídios em relação ao mesmo mês de 2016 e de 44% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.

Os números da violência em Pernambuco, divulgados ontem pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, precisam ser avaliados com cautela. A realidade ainda é bem diferente da aparente ideia de normalidade que tenta passar o Governo. Os principais dados mostram um ano delicado, o mais violento dos últimos dez, com possibilidade, por exemplo, de encerrar 2017 com mais de 5 mil homicídios.

Chama a atenção, nos indicadores, o acelerado crescimento da criminalidade no interior pernambucano. Com 1.404 casos de assassinatos registrados, o interior respondeu por 56,3% dos homicídios cometidos no Estado, deixando para trás o Recife e a Região Metropolitana, com maior densidade populacional. Problema que reflete o déficit de policiais nos batalhões do interior, como foi comprovado nas visitas do Pernambuco de Verdade ao Agreste Setentrional, Agreste Meridional, Sertão do Moxotó, Sertão do Pajeú e Sertão do Araripe.

A vida real dos pernambucanos é bem diferente da imagem que o Governo tenta passar. O clima de insegurança domina as ruas, com crescimento de assaltos a ônibus (1.872 casos, segundo o Sindicato dos Rodoviários) e roubos e furtos de veículos (2.255 casos apenas em maio).

A Bancada de Oposição reafirma a necessidade da rediscussão do Pacto pela Vida  e que seja apresentado à sociedade um planejamento estratégico com ações, metas e objetivos para os próximos cinco anos. Precisamos avançar no Pacto pela Vida.